A visita aos trabalhos de pesquisa e proteção das tartarugas marinhas em Noronha foi, com certeza, um dos momentos mais especiais que já presenciei!
Foi no último sábado, 26 de março, na Praia do Leão, localizada no mar de fora do Arquipélago de Fernando de Noronha. Este local é reconhecido como uma importante área de desova da tartaruga-verde no Brasil. Assim como as demais espécies que ocorrem no Brasil, as tartarugas-verdes são monitoradas desde o início dos anos 1980 pelo Projeto TAMAR, coordenado pelo Centro TAMAR (ICMBio), sendo a Fundação Pró-TAMAR seu principal colaborador.
Além do monitoramento, essas instituições desenvolvem uma série de pesquisas a respeito das tartarugas marinhas, auxiliando na elaboração de projetos e ações para sua conservação. Como mostra a foto, tive o privilégio de acompanhar algumas atividades do projeto de pesquisa, que está sendo realizado atualmente na Praia do Leão. Um dos objetivos é investigar como as mudanças climáticas podem influenciar na população de tartarugas marinhas. É que a razão sexual dos filhotes, que são gerados nos ovos, depende diretamente da temperatura da areia onde a fêmea construiu seu ninho. Isso nos alerta para possíveis desequilíbrios populacionais, devido ao aumento acelerado da temperatura do nosso planeta.
Agradeço a Claudio Bellini, um dos pioneiros nos trabalhos de monitoramento de desovas de tartarugas marinhas no Brasil, aos pesquisadores Cintia, Dani, Stefani e Armando, que me receberam na Praia do Leão e me explicaram sobre o seu trabalho. E também à minha filha Giulia e a João Luiz, que estão na ilha acompanhando o trabalho e fazendo um estágio de capacitação para monitoramento de desovas da Tartaruga Verde. Parabéns TAMAR pelo magnífico trabalho!